A adoção de práticas sustentáveis é um grande facilitador para o acesso a novos investidores e implemento de capital.
Segundo um levantamento do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) em parceria com a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a agenda ESG (sigla em inglês para sustentabilidade ambiental, social e governança) integra a pauta de investidores e líderes do setor de construção civil.
Temas como a preservação da biodiversidade, eficiência energética e metas para redução dos gases do efeito estufa estão entre as novas determinantes dos negócios, em que as empresas estão sendo incentivadas a adotar práticas transparentes, éticas e responsáveis na gestão.
Projetos com processos construtivos com grande relevância do ponto de vista da sustentabilidade, que contemplem soluções de uso eficiente de água e energia tanto em áreas comuns quanto nas residências e apartamentos têm ganhado destaque no mercado.
Além disso, a adoção de metodologias e técnicas que diminuam o volume de resíduos e que proporcionem agilidade e maior eficiência na construção são excelentes diferenciais que aumentam a competitividade do empreendimento. Os itens de sustentabilidade acrescentam cerca de 8% ao valor de mercado do empreendimento.
Entre as muitas opções disponíveis para o setor de construção civil, as que têm ganhado destaque são as “wood frame”, em que as estruturas das obras são feitas a partir de madeira de reflorestamento, que pode diminuir em 15 toneladas a pegada de carbono de uma construção. O uso de energia fotovoltaica e reuso/aproveitamento de água, tanto em áreas comuns, quanto nas unidades, são outro destaque que chamam a atenção tanto de investidores quanto de compradores.
E não podemos deixar de mencionar a opção por materiais e processos mais sustentáveis nas cadeias de suprimentos, como optar por empresas de fornecimento de cimento que já tenham adotado medidas de diminuição de emissão de gás carbônico em suas próprias fábricas.
Com tudo isso, espera-se que a construção civil, que é, historicamente, uma das indústrias mais poluentes, passe a ser uma norteadora de boas práticas no que se refere à sustentabilidade, assim como é na economia.