Como o INCC impacta as parcelas do pagamento do seu imóvel

Para cada área da economia, há um índice que se torna um balizador para cálculo de taxas, impostos e juros. No caso da construção civil, existe o Índice Nacional de Custo da Construção, ou INCC.

Ele é definido mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas e mede o aumento do custo dos insumos utilizados nos empreendimentos habitacionais financiados. Corresponde a 10% da composição do Índice Geral de Preços (IGP).

O índice foi o primeiro a ser oficialmente incluído no custo da construção civil no Brasil, tornando-se, gradativamente, o principal indicador de custos desse mercado.

O INCC foi criado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 1944. Ele analisa as oscilações de preços no mercado da construção civil em algumas cidades: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Brasília.

A FGV verifica mensalmente os valores dos materiais de construção e equipamentos, assim como serviços relacionados ao trabalho, como mão de obra, são incluídos no cálculo. Com base nisso, a FGV calcula o INCC, que mostra a variação desses preços de um mês para o outro.

Portanto, o índice é um termômetro da construção civil, em que podemos mensurar a variação de custos. Se há aumento, pode significar demanda majorada por materiais de construção, o mesmo acontece na situação inversa.

As construtoras o utilizam para calcular o valor dos novos projetos a serem financiados na planta. Afinal, como prédios e apartamentos levam anos para ficarem prontos, os preços variam. Assim, as empresas projetam o valor das vendas com base na situação atual.

Por esse motivo, o INCC incide apenas sobre o valor do financiamento. Na compra de imóveis à vista, essa taxa não é cobrada. Se você fizer um depósito e financiar o restante, o INCC é cobrado apenas sobre o montante financiado.